IDENTIDADE(S): NADA, TUDO, ALGUMA COISA
Conceção Paulo Pires do Vale
PORTA33 — 04.06.2011

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo Manhã — 1ª parte

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo Manhã — 2ª parte

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo Tarde — 3ª parte

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo Tarde — 4ª parte

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo Tarde — 5ª parte

PAULO PIRES DO VALE

Identidade povera: hermenêutica do si-mesmo

Depois de uma introdução histórica ao conceito de identidade, (da sua substancialização à suspeição de ser mera ficção, do cógito exaltada ao cógito ferido), analisaremos as possibilidades de superação desse dilema, ou melhor, abraçaremos essa ambiguidade e as suas aporias. Entre o "cuidado de si" (e as práticas que, ao longo da história, o promoveram) e a "identidade narrativa" (onde identidade e diferença, o eu e o outro, se cruzam na ipseidade). A análise em paralelo, numa leitura alternada, das hermenêuticas de Paul Ricoeur (Si-mesmo como um outro) e de Michel Foucault (Hermenêutica do sujeito), serão a mediação para essa compreensão de uma identidade frágil, mas capaz. Uma identidade povera e performativa. Uma coreografia de si que se constrói no tempo, mais do que se conhece como realizada.

Biografia (resumo)

Paulo Pires do Vale (1973). Licenciado e Mestre em Filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Universidade Nova de Lisboa, e Doutorando em Filosofia nessa Faculdade, com a dissertação "A condição histórica da identidade pessoal em Paul Ricoeur". Lecciona na Universidade Católica Portuguesa e na Escola Superior de Educadores de Infância - Maria Ulrich. Escreveu "Tudo é outra coisa. O desejo na Fenomenologia do Espírito de Hegel". (Lisboa: Colibri – 2006); é autor de conferências e ensaios sobre Hermenêutica, Filosofia da Cultura, Filosofia da Religião e Estética; escreveu textos para catálogos de exposições colectivas e para exposições individuais de Ana Hatherly, Alberto Carneiro, Ana Vieira, Marta Wengorovius e Vasco Araújo, entre outros artistas. Como curador, organizou o Colóquio "Alternativa Zero – 30 anos depois" (Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, 2007) e a Conferência Internacional "O Fascínio de Ulisses" (Institut Fanco-Portugais, 2008); comissariou a exposição colectiva "aqui menos que nada", e exposições individuais de Ana Hatherly, Raquel Feliciano e Tomás Cunha Ferreira; é o curador da exposição retrospectiva de Ana Vieira, "Muros de abrigo", no Museu Carlos Machado (Junho-Setembro 2010) e no Centro de Arte Moderna – Fundação Calouste Gulbenkian (Janeiro-Abril 2011). Escreveu bimestralmente para a revista "L+Arte".

Colaborou recentemente com a Porta 33 na exposição de Vasco Araújo, realizada em Novembro de 2009, para a qual participou numa conferência sobre a exposição e escreveu o texto intitulado "Ínsula. Uma outra filosofía das ilhas".

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