RITA PEDRO
Oficinas de pensamento
para todas as infâncias:

Infância, a Arte, a Filosofia e a Pedagogia

PORTA33 — 11 | 12 | 15 JANEIRO 2022


No âmbito do projeto Coalescer promovido pela Porta33 terá lugar durante a próxima semana (dias 11, 12 e 15 Janeiro) no espaço desta instituição cultural na Rua do Quebra Costas desta Cidade um conjunto de encontros orientadas por Rita Pedro que, em ambiente oficinal, pretendem constituir-se como momentos de investigação, experimentação e comunicação e que têm por objectivo abrir novos caminhos para a ligação entre a Infância, a Arte, a Filosofia e a Pedagogia.

Centradas na Infância estas oficinas propõem-se numa atividade colaborativa encontrar problemas onde habitualmente não há perguntas, ouvir as ideias uns dos outros, e pensar criativamente até encontrar respostas satisfatórias! Nestas oficinas de questionamento e de múltiplas interrogações, todos desenham o pensamento, colocam as suas questões, aproximam-se nas suas diferenças, e concentram-se para, em conjunto, descobrir novos caminhos de pensamento.

A ideia de Infância não deve ser deduzida a partir de uma falta. De facto, existe a tendência para olhar a criança como um ser incompleto. Alternativamente, perspectivar-se-á a criança a partir do que ela já é, do que ela tem em si, como abertura ao novo e ao diferente. Partindo desta acepção, e fazendo uso das práticas Filosóficas e Artísticas, o objectivo das OFICINAS DE PENSAMENTO PARA TODAS AS INFÂNCIAS centrar-se-á na criação de espaços de experiência onde hábitos inibidores da imaginação criativa possam dissipar-se, sendo substituídos por atmosferas propícias à expressão livre do pensamento.

Algumas questões formuladas e trabalhadas em encontros anteriores: Se eu fosse o sol, não era muito quente para mim? (Omar, 4 anos); Um cão sabe que é um cão? (Amália, 5); Senão havia nada como é que surgiu alguma coisa? (Nuno, 8 anos); Quem foi a mãe da mãe da mãe da mãe? Qual foi a primeira mãe de todas a existir? (Mélissa, 9 anos); Há certas pessoas que se deixam influenciar pelos líderes. Porquê? (Patrícia, 14) Porque é que os ricos querem ser mais ricos? (Luís, 9); Porque é que algumas pessoas não gostam de pessoas escuras e outras não gostam de pessoas claras” (Temidayo, 11); É possível arranhar um gato? (Pedro, 8 anos); E se tudo fosse amarelo, se tudo fosse igual? (Vicente, 13); Filosofia é devaneio? (Glória, 63); Podemos controlar os nossos pensamentos? (Mirela, 16)

INSCRIÇÕES ABERTAS
PORTA33 | FUNCHAL
Horário:
11 JANEIRO (terça-feira) — 18h às 19h30 [para maiores de 10 anos]
12 JANEIRO (quarta-feira) — 18h às 19h30 [para maiores de 10 anos]
15 JANEIRO (sábado) — 15h às 16h30 [para maiores de 4 anos]

Preço por sessão:
— €3 (três euros) inclui materiais
— Gratuito para os inscritos no atelier Gatafunhos

Inscrições e informações:
porta33@porta33.com

BIO RITA PEDRO: Doutoranda em Filosofia pela Universidade de Paris 8. Mestre em Filosofia pela Universidade Nova, sob a orientação do Prof. Dr. José Gil. Investigadora associada do Laboratório de pesquisa em Filosofia Prática e Aplicada da Faculdade de Ciências Humanas de Egeu. Formadora no PNA (Plano Nacional das Artes do Ministério da Cultura e da Educação). Desde 1999, coordena e desenvolve projectos de pesquisa teórico-prática na intercepção entre vários domínios: Infância, Filosofia, Pedagogia (em escolas, museus, teatros, associações, organizações não governamentais, centros de investigação e de formação). Desde 2006, desenvolve pesquisa em contextos socioeconómicos e culturais diversos, contemplando vários objectivos, tais como: 1- Construção da resiliência e combate à exclusão (“Pensar e Agir na Diferença”, 2006-2010, com crianças e jovens migrantes de Cabo Verde, Moinho da Juventude); 2- Valorização das tradições e da língua materna (“Pesquisa sobre Infância e práticas filosóficas em contexto comunitário”, Cabo Verde, 2008- 2010); 3- Diálogo intercultural (“Diálogos na Diversidade”, Museu Nacional de Etnologia, 2018-19). Desde 2012, desenvolve e colabora em projectos que se situam no cruzamento entre as práticas filosóficas e artísticas, nomeadamente as artes performativas: co-criação da oficina performativa e participativa de Filosofia e Dança, “a pensar morreu um burro”, com Beatriz Dias; apoio dramatúrgico nos espectáculos “E se tudo fosse amarelo?”, de Sílvia Real, “Agora”, de Bruno Cochat, “Rebola o Medo e Ri”, de Rute Prates e Sofia Sequeira. Autora de várias oficinas participativas, de Filosofia e Arte (Fábrica das Artes/CCB), tais como “Cérebros Metafísicos” com Rosinda Costa; “Quem sou eu?” com a Tânia Guerreiro; “Cafés Filosóficos” com Maria Gil e Gil Dionísio. Autora de três conferências performativas, “mini conferências para miúdos curiosos sobre racismo”, com Ousseini Mamadou (Teatro Maria Matos); com Jeff Sá (Teatro Luca), e com grupo de crianças do 4º ano (Festival TODOS), “Why some people don’t like black and others don’t like white?”,(Temidayo, 10”). Desde 2020 colabora com a Cátedra UNESCO “Filosofia com Crianças, uma base educativa para o diálogo intercultural e a transformação social”, no Senegal e em Cabo Verde.