ESCOLA DO CINEMA NATURAL
Oficinas para a Criação de Som e de Imagem

Orientação de Francisco Janes e Luísa Spínola

Um projeto de transmissão de conhecimento e criação documental para o Porto Santo, a partir da experiência de realização de um filme.

O que mais importa ter, imaginação. Desde logo para se criar sua própria imagem, e depois, para que os outros se dêem conta da deles.
A.P.F.

Qualquer pessoa pode fazer um filme. Através de exercícios práticos simples baseados na experiência sensorial e intuitiva - com e sem gravadores ou câmaras - partimos do imediatamente disponível para perscrutar o que nos rodeia no momento. Descobrimos aspetos técnicos e intuitivos, do som, das imagens-tempo, das imagens-movimento. Observamos juntos, fazemos registos. Numa segunda parte vamos trabalhar e descobrir o documento audiovisual numa estação de montagem coletiva, com ecrã e altifalantes.

A Escola do Cinema Natural é um projeto pedagógico e de transmissão de conhecimento da Porta 33 com Francisco Janes para o Porto Santo. Tem o desejo de inspirar e ensinar todas as pessoas interessadas a fazer um filme. É um lugar para a expressão audiovisual de todos, para aprender a criar o que se quer mostrar. Nesta primeira época de oficinas realizam-se duas sessões com cada grupo ao longo de duas semanas, em parceria criativa com as existentes oficinas de Luísa Spínola. No final deste período, cada grupo poderá criar um filme de um minuto.

Francisco Janes estará também diariamente disponível em residência na Escola do Porto Santo, entre os dias 10 e 30 de Abril, com disponibilidade total horária para trabalhar individualmente ou em grupo com todos os interessados, nas suas imagens e sons. Favorece-se uma relação de continuidade com as pessoas que querem desenvolver ou trabalhar com mais tempo qualquer ideia sua, para descobrir um projeto e elaborar seus interesses e entusiasmos.

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ESCOLA DA VILA, PORTO SANTO

Para o público em geral
Maiores de 12 anos

16 | 17| 18 ABRIL 2024
(1ª parte) Filmar e gravar sons

22 / 23 | 24 ABRIL 2024
(2ª parte)
Montar um filme: juntar imagens aos sons

Horário: 18h às 19h30

Crianças (dos 6 aos 12 anos)
20 ABRIL 2024 — Filmar e gravar sons
27 ABRIL 2024 — Montar um filme: juntar imagens aos sons

Horário: 11h30 às 13h

Preço por sessão:
— €7 (euros)

Inscrições e informações:
luisaspinola@porta33.com

Para as Escolas
17 |19 | 24 | 26 Abril


Curso de Bar e Restaurante do CELFF (professora Andrea Gomes)
Escola Básica e Secundária c/ Pré-Escolar e Creche Prof. Doutor Francisco Freitas Branco
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Biografias:

Francisco Janes: Francisco Janes (Lisboa, 1981) artista visual. Colabora de forma diversa em projetos de áreas interdisciplinares como publicidade, cinema, performance, ensino independente e arte contemporânea. Completou o Curso Avançado de Fotografia no Ar.Co seguido de um ano de projeto individual interdisciplinar em 2008. No mesmo ano foi Bolseiro Ernesto de Sousa, com residência na Experimental Intermedia Foundation em Nova Iorque. Francisco completa em 2012 o Mestrado (Master of fine arts) no California Institute of the Arts em Los Angeles e muda-se dos Estados Unidos para a Lituânia em 2013, onde constituiu família e vive a maior parte do tempo.
As suas instalações, filmes e performances desenvolvem um interesse poético e antropológico pela natureza e o trabalho. Soltam uma combinação de tecidos perceptivos, formas e estratégias documentais para focar no mundo situações de libertação futura. A propósito do seu trabalho sonoro e visual, de origem documental, fala-se de algum cinema experimental Americano mas também da chamada etnografia sensorial, na aproximação contingente e materialista aos fragmentos -lacunas e seus sentidos.
Realiza entre 2013 e 2015 o filme Gojuscom um casal de artistas agricultores Lituanos que vivem isolados a alguns quilómetros de Vilnius. Em 2017 realiza o filme Visão Solar a partir do arquivo audio visual do artista Otelo M.F. Em 2018 realiza uma série de filmes curtos para o Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas nos Açores, e o filme Regada, na Serra do Açor com o artista Rafael Toral. Entre 2017 e 2020 participa com filmes, música e som nas performances coletivas Encontros para além da História (CIAJC, Guimarães). Em 2021, para a Porta33 realiza o filme “Porta”, intervenção documental descobrindo articulações com a natureza do território em que a Porta33 opera, dos lugares e cultura que vem criando, com o ensino através da arte.
Em 2020 inaugura com Juratė Jarūlytė o lugar Casa Amarela próximo do lago Asveja na Lituânia. Uma casa na floresta aberta a residências e encontros dedicados à observação e à ecologia através de práticas visuais, do movimento e do som.

Luísa Spínola Maria Luísa de Freitas Spínola, nasceu no Funchal em 24 agosto 1962, possui Mestrado em Arte e Património no Contemporâneo e Atual, pela Universidade da Madeira, uma Pós-Graduação em Gestão. pelo ISCTE e Licenciatura em Artes Plásticas / Pintura pelo Instituto Superior de Arte e Design / Universidade da Madeira. Participa, desde 1994, em diversas exposições coletivas e individuais em diferentes áreas (pintura, fotografia, serigrafia, desenho e instalação).
Ilustrou livros infantis, infanto-juvenis, poesia e um livro de crónicas. Em 2006 fundou e orienta o Atelier de Artes Plásticas Gatafunhos, espaço dedicado ao desenvolvimento da criatividade, sensibilidade e expressividade de crianças, jovens e adultos, que querem conhecer e experimentar diferentes técnicas de expressão artística, num processo criativo e lúdico. Desde novembro de 2017 o Atelier Gatafunhos funciona na Porta 33 com oficinas regulares, à terça, quarta e sábados, de setembro a junho. O propósito é a prática do desenho e do movimento do corpo a partir do programa expositivo com a colaboração, entre outros, dos convidados residentes, dos artistas convidados e da equipa da Porta33. De Março de 2020 a Agosto de 2023 foi diretora de Serviços do Gabinete de Imagem e Protocolo, do Gabinete do Secretário Regional de Educação, Ciência e Tecnologia do Governo Regional da Madeira.
Em torno do desenho, a partir de Setembro de 2023, na Escola do Porto Santo com a Porta33, Luísa Spínola tem vindo a formar grupos de trabalho permanentes trabalhando também com as escolas e as instituições sócio-culturais da ilha.

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