MAPEAMENTOS NA ILHA DO PORTO SANTO
Residências para experienciar o lugar
conhecer a comunidade e o seu território
ESCOLA DO PORTO SANTO — 09-16 Outubro 2022

1º RESIDÊNCIA

9-16 Outubro 2022
Ainhoa González, Carlos Bunga, Fernanda Fragateiro e Nicolás Paris

2ª RESIDÊNCIA

09-14 Outubro 2023
Ainhoa González, Carlos Bunga, Fernanda Fragateiro e Jordi Ferreiro
Calendarização e Públicos:
O projecto a implementar a partir de Fevereiro de 2023 intitulado Mapeamentos para a ilha se reimaginar terá a duração de 4 anos terminando em 2026. Destina-se às comunidades, das seguintes instituições:

* Universidade Sénior

* Centro de Dia da Fundação Nossa Senhora da Piedade

* Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI)

* Centro de Recursos Educativos Especializados (CREE)

* Famílias do CREE e do CACI



Objetivo:
O objetivo desta primeira residência da equipe artística (19 - 22 Setembro 2022) é o de conhecer a escola, a ilha e a comunidade. Para conhecer os quatro grupos da comunidade (Universidade Sénior, Centro de Dia da Fundação Nossa Senhora da Piedade, CACI – Centro de Actividade e Capacitação para a Inclusão e CREE – Centro de Recursos Educativos Especializados), com as quais o projecto será trabalhado, propôs-se a realização de uma reunião com os responsáveis e as pessoas da instituição conhecedores da sua realidade. Faremos em cada uma das quatro instituições uma entrevista-mapa para começar desde logo a levantar um conjunto de características de cada instituição (desde o que gostam de lá fazer ao que para eles falta fazer). Pretendemos, assim, procurar caminhos e elementos para imaginar como se pode habitar a Escola de Porto Santo e trabalhar na Ilha a partir da realidade de cada instituição, em relação com as oficinas que iremos aí posteriormente fazer. Conhecer a ilha compreende também um período de auscultação, de escuta do lugar, das pessoas da ilha, dos grupos e as que coordenam as instituições com quem vamos trabalhar, conhecer as várias escolas e o seu ambiente, perceber como se distribuem na ilha, visitar a biblioteca, etc… de forma a perceber como ajustamos o projecto que delineámos à concretude da ilha e dos seus habitantes. Partindo de uma articulação entre diferentes abordagens práticas e teóricas procurar-se-á construir com a comunidade um conjunto de interpretações dos lugares e do modo como as pessoas se relacionam com eles para compreender geografias sociais e históricas e topografias sensíveis e imaginárias. Fazendo da Escola de Porto Santo casa e ponto de encontro de Mapeamentos para a ilha se reimaginar, desenvolver-se-á, ao longo do quadriénio 2023-2026, uma série de oficinas com a comunidade em torno da relação com esta antiga escola e com os lugares da ilha enquanto acontecimento.

Equipe Artística
Biografias

Ainhoa González (Barcelona, 1980)
É licenciada em História da Arte e mestre em Museologia e Gestão do Património Cultural pela Universidade de Barcelona. Atualmente gere o estúdio do artista Carlos Bunga, colabora como consultora no projeto Arquivo de Arquivos do artista Antoni Muntadas e é professora de Gestão de Artes Visuais na Faculdade de Humanidades da Universidade Internacional da Catalunha (UIC) desde 2015. Trabalhou durante doze anos no Departamento de Coleções do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) como Curadora Adjunta da Coleção, realizando pesquisas para aquisições e liderando a equipa de coleções da plataforma L'Internacionale. Trabalhou para o CIMAM – Comité Internacional de Museus e Coleções de Arte Moderna e realizou diversos projetos de pesquisa e curadoria independente.

Carlos Bunga (1976, Porto)
Frequentou a Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, em Portugal. Atualmente vive e trabalha perto de Barcelona. Bunga usa materiais produzidos em massa, como cartão, fita adesiva e tinta de paredes para produzir instalações site-specific e process-oriented. Emergindo de um diálogo com o espaço arquitetónico existente, estas estruturas efémeras são reminiscentes de maquetas arquitetónicas em tamanho real, ou de abrigos de rua temporários. Através do seu trabalho, Bunga incentiva o espectador a repensar a sua experiência do espaço e da arquitetura enquanto evoca a natureza transitória e frágil das estruturas urbanas. O seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas no Artists Space, Nova York (2005); New Museum, Nova York (2007); Museu de Arte Moderna de Varsóvia (2009); Museu Nacional de Arte de Cardiff (2014) e o Guggenheim Bilbao (2016). Bunga participou na Manifesta 5 em San Sebastián (2004); inSite_05 no Museu de Arte de San Diego (2005); 14ª Bienal Internacional de Escultura de Carrara (2010); 29ª Bienal de São Paulo (2010); Artes Mundi 6 em Cardiff (2013); Bienal de Arquitetura de Chicago (2015) e VI Bienal de Gherdënia (2020). Bunga fez exposições individuais em vários museus, incluindo Pérez Art Museum Miami (2009); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2010); Museu do Martelo, Los Angeles (2011); Museu Serralves, Porto (2012); Museu Universitário de Arte Contemporânea, Cidade do México (2013); Museu Amparo, Puebla (2014); Museu Haus Konstruktiv, Zurique (2015); Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (2015); MOCA, Detroit (2018); MAAT, Lisboa (2019); MOCA Toronto (2020); Whitechapel, Londres (2020); Secessão, Viena (2021); Schirn Kunsthalle Frankfurt e Palácio de Cristal, MNCARS, Madrid (2022) A próxima exposição da Bunga, em 2023, acontecerá nas Bombas Gens em Valência.

Fernanda Fragateiro
Vive e trabalha em Lisboa. A sua prática envolve uma abordagem arqueológica da história social, política e estética do modernismo através de pesquisas continuadas com material de arquivos, documentos e objetos. Ao operar no campo tridimensional e desafiar a tensão entre escultura e arquitetura, a sua obra potencia a relação com cada lugar, colocando o espectador numa situação performativa. As suas intervenções esculturais e arquitetónicas em espaços inesperados (um mosteiro, um orfanato, uma casa em ruínas) e suas alterações subtis de paisagens existentes revelam histórias enterradas de construção e transformação. Alguns dos seus projetos resultam de colaborações com arquitetos, paisagistas, artistas e performers. A sua obra tem sido exposta em diferentes museus e instituições nacionais e internacionais: Bomba Gens Centre d’Art de Valencia, Galleria Nazionale d’Arte Moderna Contemporânea de Roma, Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, Museu de Arte Miguel Urrutia (Bogotá), Museu de Arquitetura, Arte e Tecnologia, CaixaForum (Barcelona), Palais des Beaux-Arts de Paris, Carpenter Center for the Visual Arts, Harvard University (Cambridge), The Bronx Museum of the Arts (New York), MUAC (Mexico City), CCB Lisboa, Fundação de Serralves, entre outros. A sua obra está representada em várias colecções: Coleção de Arte Contemporânea do Estado, Portugal; Fundació Per Amor a l’Art, Valencia; Per The Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami; Fundación Neme, Bogotá; Fundação de Serralves; Fundação EDP; Fundação Calouste Gulbenkian; António Cachola Collection; Berardo Museum Collection,; Caixa Geral de Depósitos; Centro Galego de Arte Contemporanea; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía; Marcelino Botín Foundation; La Caixa, Barcelona; Fundación Helga de Alvear. A artista é representada por Galeria Elba Benitez (Madrid), José Bienvenu Gallery (NewYork), Galeria Filomena Soares (Lisboa) e Irène Laub Gallery (Bruxelas).

Nicolás Paris
Nasceu em Bogotá, Colômbia, em 1977.
O trabalho de Nicolás Paris está intimamente ligado a questões de aprendizagem coletiva. O seu método de trabalho, baseado principalmente no diálogo, na arquitetura incompleta e no ato de desenhar e cultivar, procura construir ambientes de troca, produção de reflexões e novas formas de estar juntos. No início de 2017 fundou o Instituto de Aprendizagem Radical (InPAR): um local para mobilizar processos colaborativos e facilitar a ativação de grupos de estudos. Entre as suas exposições individuais incluem-se as realizadas nas instituições Govett-Brewster Art Gallery, New Plymouth, Aotearoa / Nova Zelândia. (2019); CaixaForum, Barcelona, Espanha (2017); Petricor, NC Arte, Bogotá, Colômbia (2016); Museu Coleção Berardo, Lisboa, Portugal (2015-2016); Kadist Art Foundation, Paris, França (2013); Museo Universitario Arte contemporâneo, Cidade do México, México (2012); entre outras. Também desenvolveu projetos para a XII Bienal de Havana, I Bienal de Arquitetura de Chicago, XXX Bienal de São Paulo, IX Bienal de Xangai, II Trienal Novo Museu, XI Bienal de Lyon, LIV Bienal de Veneza e VII Bienal do Mercosul . Participou nas residências: Fundação Kadist Paris; FAAP / 30ª Bienal de São Paulo; Museu como Residência Hub – Segunda Trienal do Novo Museu; Programa de Residência "Artistas Disponíveis" - 7ª Bienal do MERCOSUL. A sua obra integra coleções públicas e privadas como: MUSAC, León; Coleção Jumex, Cidade do México; Tate Modern, Londres; MoMA, Nova Iorque; La Caixa, Barcelona; Banco da República, Bogotá; Thyssen-Bornemisza Art Contemporary (TBA21), Viena; entre outras.

* UNIVERSIDADE SÉNIOR * FAMILIAS DO CREE E DO CACI * CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS ESPECIALIZADOS (CREE) * CENTRO DE ATIVIDADES E CAPACITAÇÃO PARA A INCLUSÃO (CACI) * CENTRO DE DIA DA FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA DA PIEDADE * UNIVERSIDADE SÉNIOR

ANTROPOLOGIA E TEATRO * ARQUITECTURA * ESTÉTICA E PERFORMANCE * DANÇA E FILOSOFIA * ARTES VISUAIS * DANÇA E PSICOPEDAGOGIA PERCEPTIVA