O SILÊNCIO
Acolhimento da conversa sobre o filme “O Silêncio” com José Alves
Pereira e Bruno Leal
PORTA33 — 20.04.2024 - 18h00
PORTA33 — 20.04.2024 - 18h00
O SILÊNCIO
Sábado 20.04.2024 — 18h00
Acolhimento da conversa sobre o filme com José Alves Pereira e Bruno Leal
EXIBIÇÃO DO FILME
O Silêncio de António Loja Neves e José Alves Pereira
19 | 20 Abril — 21h00
Screenings, Funchal — Cinemas NOS do Fórum Madeira
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Uma iniciativa de Screenings, Funchal — Cinemas NOS, da Comissão para a Comemoração dos 50 anos do 25 de Abril na Madeira e da TRANSLOCAL, para assinalar 50º aniversário do 25 de Abril, evocando a obra cinematográfica do madeirense (combatente anticolonial) António Loja Neves e José Alves Pereira.
Sinopse
Na aldeia de Cambedo da Raia, Chaves, encostada à Galiza, decorreu um episódio sangrento e tardio, ainda em resultado do golpe franquista em 18 de Julho de 1936. A aldeia, cercada pela Guardia Civil, pelo Exército português, pela PIDE e pela GNR, foi atacada com tiros de morteiro no dia 21 de Dezembro de 1946. Dois guerrilheiros morreram, uma criança foi ferida e foram destruídas habitações, porque ali se haviam refugiado desde a guerra civil alguns galegos. Cambedo da Raia perderá, por mais de um ano, 18 dos seus habitantes, presos no Porto preventivamente, até ao julgamento. Por longo tempo o episódio permaneceu interdito, com os fascismos ibéricos a imporem a sua versão. Os habitantes de Cambedo arrastaram por dezenas de anos a reputação de malfeitores ou de acoitantes de criminosos, labelo que as autoridades lhes colaram. Em Dezembro de 1996, numa acção cívica levada a cabo por um conjunto de intelectuais galegos, resgatou-se a memória da solidariedade raiana e com ela a auto-estima local. Foi então aposta uma placa no centro da aldeia: “En lembranza do voso sufrimento (1946-1996)” O filme recolhe os depoimentos de pessoas da aldeia, dados pela primeira vez, após 50 anos obrigadas ao silêncio sem falar deste episódio trágico.
Na aldeia de Cambedo da Raia, Chaves, encostada à Galiza, decorreu um episódio sangrento e tardio, ainda em resultado do golpe franquista em 18 de Julho de 1936. A aldeia, cercada pela Guardia Civil, pelo Exército português, pela PIDE e pela GNR, foi atacada com tiros de morteiro no dia 21 de Dezembro de 1946. Dois guerrilheiros morreram, uma criança foi ferida e foram destruídas habitações, porque ali se haviam refugiado desde a guerra civil alguns galegos. Cambedo da Raia perderá, por mais de um ano, 18 dos seus habitantes, presos no Porto preventivamente, até ao julgamento. Por longo tempo o episódio permaneceu interdito, com os fascismos ibéricos a imporem a sua versão. Os habitantes de Cambedo arrastaram por dezenas de anos a reputação de malfeitores ou de acoitantes de criminosos, labelo que as autoridades lhes colaram. Em Dezembro de 1996, numa acção cívica levada a cabo por um conjunto de intelectuais galegos, resgatou-se a memória da solidariedade raiana e com ela a auto-estima local. Foi então aposta uma placa no centro da aldeia: “En lembranza do voso sufrimento (1946-1996)” O filme recolhe os depoimentos de pessoas da aldeia, dados pela primeira vez, após 50 anos obrigadas ao silêncio sem falar deste episódio trágico.
Biografias
José Alves Pereira:
Em 1977 inicia a sua atividade profissional, colaborando na Secretaria de Estado da Emigração até maio de 1978. Durante este período, realizou e/ou montou 21 curtas-metragens e 3 longas-metragens. A partir de 1978, trabalhou como montador em projetos que variaram desde curtas, médias e longas-metragens, bem como séries de ficção e documentário. Um dos destaques da sua carreira foi a realização, em parceria com António Loja Neves, do documentário intitulado “O Silêncio. De 1988 a 2017, foi professor e coordenador na Área de Montagem do Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Bruno Leal
É licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa e Mestre em Arte Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Atualmente, é doutorando na mesma instituição e bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. No campo da investigação, concentra-se na recriação performativa da memória, abordando temas como memória traumática, pós-memória e memória prostética, através do documentário e da animação.
António Loja Neves
Natural da ilha da Madeira, Portugal, António Loja Neves viveu em Cabo Verde e depois foi estudar em Lisboa, onde frequentou Medicina e cursou Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema. Envolveu-se na luta clandestina anticolonial e contra a ditadura, e na atividade política e cultural antes e a seguir ao golpe de estado de 1974.
Foi um dos fundadores da Federação Portuguesa de Cineclubes e da Apordoc, Associação Portuguesa do Documentário.
Foi co-organizador dos Encontros Internacionais de Cinema de Cabo Verde e do Festival Panorama, do documentário português.
Foi comissário, para a Culturgest, das retrospectivas “Cinemas de África”, “Cinemas Árabes” e “Cinema dos Países Latino-Americanos” e do Ciclo de Cinema Brasileiro na Culturporto/Teatro Municipal Rivoli. Integra a equipa dirigente da Associação Portuguesa de Realizadores.
É jornalista, no semanário “Expresso”. Foi diretor da revista “Cinearma”, chefe de redação da revista “Cinema em Português” e do semanário generalista “África”, e co-fundador da revista “Cinema”. Tem integrado inúmeros júris de festivais, em Portugal e no estrangeiro, e dirigido várias retrospectivas de cinema lusófono, em Espanha, França, Moçambique, Cabo Verde, Irlanda e em diversas cidades do Brasil.
José Alves Pereira:
Em 1977 inicia a sua atividade profissional, colaborando na Secretaria de Estado da Emigração até maio de 1978. Durante este período, realizou e/ou montou 21 curtas-metragens e 3 longas-metragens. A partir de 1978, trabalhou como montador em projetos que variaram desde curtas, médias e longas-metragens, bem como séries de ficção e documentário. Um dos destaques da sua carreira foi a realização, em parceria com António Loja Neves, do documentário intitulado “O Silêncio. De 1988 a 2017, foi professor e coordenador na Área de Montagem do Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Bruno Leal
É licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa e Mestre em Arte Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Atualmente, é doutorando na mesma instituição e bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. No campo da investigação, concentra-se na recriação performativa da memória, abordando temas como memória traumática, pós-memória e memória prostética, através do documentário e da animação.
António Loja Neves
Natural da ilha da Madeira, Portugal, António Loja Neves viveu em Cabo Verde e depois foi estudar em Lisboa, onde frequentou Medicina e cursou Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema. Envolveu-se na luta clandestina anticolonial e contra a ditadura, e na atividade política e cultural antes e a seguir ao golpe de estado de 1974.
Foi um dos fundadores da Federação Portuguesa de Cineclubes e da Apordoc, Associação Portuguesa do Documentário.
Foi co-organizador dos Encontros Internacionais de Cinema de Cabo Verde e do Festival Panorama, do documentário português.
Foi comissário, para a Culturgest, das retrospectivas “Cinemas de África”, “Cinemas Árabes” e “Cinema dos Países Latino-Americanos” e do Ciclo de Cinema Brasileiro na Culturporto/Teatro Municipal Rivoli. Integra a equipa dirigente da Associação Portuguesa de Realizadores.
É jornalista, no semanário “Expresso”. Foi diretor da revista “Cinearma”, chefe de redação da revista “Cinema em Português” e do semanário generalista “África”, e co-fundador da revista “Cinema”. Tem integrado inúmeros júris de festivais, em Portugal e no estrangeiro, e dirigido várias retrospectivas de cinema lusófono, em Espanha, França, Moçambique, Cabo Verde, Irlanda e em diversas cidades do Brasil.
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