SOB A TURBULÊNCIA — um projeto de Margarida Mendes
Catarina Oliveira
2ª Residência — Escola do Porto Santo — 6 a 12 de Março 2023
Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop] Histórias do mar — Catarina de Oliveira [Workshop]

HISTÓRIAS DO MAR
Workshop com Catarina Oliveira

Neste workshop dedicado ao público infantil começaremos por passear e brincar junto ao mar para observar e imaginar a vida marinha e costeira– seja ela animal, vegetal ou mineral. Vamos reparar nas especificidades de diferentes seres e perceber a sua inteligência e beleza. Tomando como ponto de partida este passeio de observação costeira, vamos também explorar diferentes formas de narrativa e criar histórias em redor de personagens fictícias baseadas em seres marinhos. A ideia por detrás deste exercício é ligar as crianças à vida marinha e costeira, relembrar que tudo na natureza é vida, tal como elas que elas também são parte da natureza, que a natureza não é algo separado de nós — e que todas estas vidas devem ser respeitadas. Vimemos numa sociedade em que se perpetua a ideia que tudo é consumo, incluindo a praia e o oceano; consumo de banhos, de apanhar sol, comida, matérias primas para construção, cosmética, etc... A ideia do workshop é celebrar a praia como lugar de vida, ajudar as crianças a crescerem fora de uma realidade de consumo e extrativismo.

Catarina de Oliveira vive e trabalha em Lisboa. Em 2009, completou a licenciatura em Artes Plásticas da Goldsmiths College (UK), e em 2012 o mestrado em Artes Plásticas do Piet Zwart Institute (NL). Esteve recentemente em residência na Gasworks, em Londres com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi também artista em residência na Triangle France (FR), no Watermill Center (EUA) e na Kunsthuis SYB (NL), entre outras. Das exposições a solo e duo recentes, destacam-se “A Devorar o Contíguo” na Quadrum (PT), e “Né” no TANK Art Space (FR). Mostras colectivas recentes incluem “Extática Esfinge no CIAJG (PT), “ Terra Nubilus” na Aachen Kunstverein (NL), “Performance Day #2: Le Musée Permormé” em La Ferme du Buisson (FR).

O trabalho de Catarina de Oliveira nasce do seu interesse na forma como as histórias e imagens nos confrontam com a vida, e retratam o mundo com mais verdade do que a nossa apreensão da realidade. Elas capturam o visível e o invisível, cristalizando-os numa verdade eterna, independente de flutuações, alterações e falsas mudanças que criam máscaras e véus. Tal como um cristal, uma obra de arte está sujeita à erosão, mas isso não significa que a verdade se dilua na mudança. Através de contos, pinturas em tecidos e outras experiências plásticas, a obra de Catarina de Oliveira torna visível e audível o que de outra forma não seria visto nem ouvido, poéticamente revelando como a vida humana está entrelaçada por fios invisíveis à não-humana, à mítica e às entidades elementais. Olhando para a natureza não como uma fonte de recursos a serem consumidos, a artista reconhece que a natureza não é algo separado dos humanos e despido de espírito, e cria com o seu trabalho, formas e composições que abraçam temporalidades, ontologias, epistemologias e cosmologias que existam fora de modos de viver e pensar colonialistas, capitalistas, normativos, falocêntricos ou tirânicos. O trabalho de Catarina de Oliveira celebra os diferentes planos da vida e reconhece a agência e inteligência de todos os seres e não seres, sejam estes rochas, fantasmas, rios, estrelas, plantas ou animais. As personagens presentes no seu trabalho são (fantasmas de) animais e plantas — não são nem metáforas nem personificações de humanos —, a artista retrata-os respeitando a inteligência, sensibilidade e corporalidade especificas a cada um. Eles ganham vida através de um diálogo contínuo entre eles, a artista e a matéria que sustém o trabalho.

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